terça-feira, 28 de junho de 2011

AMOR''TECEMOS


(Fá Gonçalves & Lena Ferreira)

Canta, encanta, me leva às profundezas desse mar rubro

canto, encanto, voz do canto esquerdo profundo

....a-tento, e tanto que de pronto me a-pronto!!
e aporto, mais perto, mais parte, mais norte.

A parte que aparto - pranto - nao mais me impede
cedo, parto pr'esse rumo; uno meu sol com o teu


...dois sóis, de nós, a foz da luz maior em céu
dois sãos, e Sãos em benção e unção

...dois sins em Sol e Fá sem Dó!
dois, nãos; mil sóis em hum - amor''tecemos -

...poesia!!

sábado, 25 de junho de 2011

MOÇA DA ROSA AMARELA( falsete para uma catita)

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(JL Semeador
 & Lena Ferreira)


A Rosa escandalosa
saiu pela noite afora,
livre, mente solta, fogosa,
envolta em pétalas sedutoras.

Ninguém sabia que ela, certa
do seu caro momento-noite;
tão catita, tão esperta,
não mais temia os açoites.

Enfim, mulher e plena;
da vida, apenas, queria tudo!
Nada que não a fizesse serena.

Moça garbosa e leve,
seu verso gritava ao mundo:
- mexer comigo, quem se atreve?

quarta-feira, 22 de junho de 2011

CÁUSTICO

(Lena Ferreira & Rojefferson Moraes)
Cala a boca imunda em vômito
aflitivo, convulso, comprido e magro
pelos dias de atrocidades velozes
que ventaram os quatro cômodos do dia
inteiro
..

Fica esparramado no chão da sala
se debatendo, discutindo com a própria sombra
se tornando fantasma, resto, coisa
que nem ao menos consegue amar
nada
..
Estenda a língua a um palmo do piso
pisa com força no rebento da vidraça
estilhada a cara torta do espelho em brasa
tira a verdade pra dar a valsa dos portos
escorados
..

O fel da verdade escorrendo dos olhos
Respiração ofegante escapando dos poros
Fica esta pausa diante dos estilhaços de vidros
A música dilacerante da saudade
doente
,..

Meio vivo, meio cadáver
O pus fervilhando nas entranhas
Enquanto no chão da sala
Repete as canções que cantou madrugadas inteiras
notas mortas
..
Exala pela sala inteira o bafor do éter tenso
do sono que não veio, borda um traje torto
e veste em si, andrajo de filho natimorto
se morre, se mata, se come e se envenena

.
Sê verme!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

ENTREGA


( Rojefferson Moraes & Lena Ferreira)

Abraço o fio da saudade
Antes que todas as minhas lembranças
Vão embora...

Anelo-me a certezas,
antes que o vento da injustiça me alcance

Eu, que me entrego às minhas incertezas,
fico preso as desesperanças do tempo
que já não possuo..

Algoz de mim, o Tempo,
vela meu sono, transformando
sonhos em pesadelos

Fico aqui, simples, a tua espera
me transformando em espumas
...de pesadelos e ais de pecado

Bordo um manto escuro de pranto
deito-me no quarto seco
e amanheço alagado

..com tua imagem...

- As manhã vão navegando sem mar
nossas naus de medos
naufragam no vai e vem de nossos olhos
e nos perdemos no profundo abismo
...de nossos beijos.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

QUIÇA

Quem sabe
eu encontre agora
nem que seja a hora
de encontrar-me
aqui

Quem sabe
é amor de outrora
e que hoje, aflora
versos de carmim

Quiça eu
viva assim
pois veja
a consequência
salvando sua
inocência

Por pensar assim
pensar só em você
ou pensar também
em mim

Quiça eu
morra enfim
pois seja
a consciência
gritando minha
impaciência

Por pensar carmim
pensar só em mim
ou pensar, meu bem,
em você

Gilberto Maha & Lena Ferreira