quarta-feira, 30 de novembro de 2011

DE PÉTALAS E FLORES



 Atrás da vida que vem
sigo passando pela vida passada
sonhando com esses olhos de mel
para sentir minh'alma lambuzada...
.
São aromas de amores,
o desejo que busco ao lhe ver
amálgamas modelando o lúdico
ao sentir desse doce prazer...

São pétalas de sabores,
a vontade que tenho ao sentir
os seus passos por dentro de mim
colorindo minh'alma, a me seduzir

Atrás da vida que vem
sigo assim; saboreando a doçura
do seu perfume, já sou refém
e vou além mesmo julguem loucura

Marçal Filho & Lena Ferreira
MG/RJ -30/11/2011

SABOR DE BRISA


Quero a paz de um sorriso terno
toque sincero num aperto de mãO
quero ser o sol que aquece o inverno
esquecer de uma vez a solidão

Quero de volta o sabor da brisa
para indicar o novo caminho
quero uma palavra mais precisa
e assim colorir de verde meu ninho

Quero meus passos em harmonia
andar com maestria e serenidade
quero saudar a vida com esta poesia
e encontrar, enfim, minha felicidade

Lena Ferreira & Dhenova

sábado, 16 de julho de 2011

ECLIPSE

(Daniel H. M. de Carvalho & Lena Ferreira)


Cedeu-me seus lábios...


Então olhei fixo pra cima

Em busca de seus olhos

Estavam fechados e trêmulos



Sufocado por um instante

Senti o gosto daquele desejo rosado

Tapar-me a boca ofegante

E calar minha língua intrometida



De joelhos lambuzei-me

Feito uma criança gulosa

Saboreando um sorvete

De néctar orquídea-selvagem



Cedeu-me poros, pele, pelos...

Inteiros, rendemo-nos aos apelos

seguidores de estrelas fartas

do céu de mel, de vinho e paixão



Cedi meu ar rarefeito em excesso

doei-lhe a Vida que em mim é farta

insensato que sou, verti três Sóis

e nu e cru clamei por razão



Mas já era tarde; dois corpos atados

jorravam pelos meios o melhor de nós

meu Sol, tua Lua, uma só poesia

eclipse sem fim, sem pudor, extasia...

 

sexta-feira, 15 de julho de 2011

IMPROVISA

escutando boa música

o verso cutuca

veste túnica

e nos empurra



vai lançando

ao vento

tudo quando

é lamento



meio que sambando

o verso avisa:

quem é do bando

chega e improvisa



improvisando

o grosso se alisa

quebra quebranto

enfim, sereniza!



Anorkinda e Lena Ferreira

AMAR SEM FIM


.

Foi por amar-lhe tanto e mais

que me fiz cativo, desse seu olhar

foi por saber-me, num desejo tal

que me fiz floral a lhe perfumar

.

Quero ser assim, um chamego bom

e toda meiguice para lhe entregar

pois se a sinceridade morar junto a mim

terei sempre seu carinho para me encantar

.

Foi por amar-lhe tanto, tanto e tanto

que atirei meus versos pelo vento

na esperança de alcançar o intento:

ter sua alma tocada e encantada

.

Quero ser assim, a rima mais que perfeita

com toda poesia que couber na inspiração

pois se a verdade morar em nós, completa,

teremos-nos, inteiros, num amar sem fim.

.

Marçal Filho & Lena Ferreira

Minas/Rio - 15-7-2011

MEDO


Jamil Estrela & Lena Ferreira







e se eu me entregar

a tua loucura



e tratá-la por cura

em dias de tédio?



e se eu aceitar

este tal tratamento



e tomar livramento

onde só há prisão?



E se eu me tratar

E fores paixão,



E fores embora

E enfim eu morrer?!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

DESPUDOR

Lena Ferreira & Jamil Estrela





na desordem do leito

dois corpos acesos,



versos, paredes, chão.



indefesos poetas

de rimas entregues,



coxas, seios, mãos.



veios

e

setas,



vãos

e

vontades,



extremos em gozo, prazer.



o delírio irrestrito,

morte à castidade:



querer, poder e fazer!

terça-feira, 5 de julho de 2011

BREU

BREU
(Lena Ferreira & Paty Ramos)

.
É tarde e a noite arrasta mil correntes
na cama, a alma afoga-se em pranto
saudade; choro solidão no canto
os olhos baços, frios, vão dormentes
.
A falta que torna as horas plangentes
Agonizo silente e não me espanto
Um breu que me abraça assim qual manto
trazendo as dores cãs, remanescentes

.
É tarde mas é cedo pra esquecer-te
é cedo, é cedo; e o medo instalado
de não te ter, jamais, sempre ao meu lado
.
Faz com que meu amor queira alcançar-te
mesmo estando tão frágil e abalado
sangrando, o peito espera, tão calado
excluir

sexta-feira, 1 de julho de 2011

AONDE DORME A VERDADE


Adicionar legenda


(Aglaure Corrêa Martins & Lena Ferreira)

Lágrimas que trago presas
salgando o meu riso tolo
aprisionando-me no labirinto
roubando-me do meu mundo

Acúmulo de escombro nos ombros
fardo que assola a alma
pesares de calma espantada
leito de águas rasas

Lágrimas que se desprendem
cascatas que jorram do âmago
a dor mordaz, enfim, se rende
repousam em berços humanos




BORDANDO


...
mente vaga
torce torço
terço, não
reza a reza
credo, cruz
cadê crença?

crê?

de repente
depende
desprende
e vaga
torço sorte
penso credo
rezo a lenda
e digo amém.

tem?

juro mentindo
que faço rir
despindo
pedindo
vá e não vá
fique e torça
reze amor
creia no credo
e no torpor

crível, isso?
nada muda
mudo fato
ato falho
valho tudo
vale, vale
caça, caço
coço mente
mente, mente
tece, tece
rola, rola
entornando
pela borda.

trans
bordando

( Lena Ferreira & Dani Maiolo )

LAVANDA



(Lena Ferreira & Fafá Gonçalves)

Anda, que a demanda de seus mmmm's ainda manda!

Vem, que meu eu contém o que não tem em qualquer cama!

Vem, insana, traz a cama e a chama dessa fêmea e me ama!

Anda, arda a fleuma fácil em mim e faça festa inteira; clama!


Dilata! Arrebata, arrebita, pois o eu que aqui crepita já me mata!

Deleito! Deleite! Sobre a mesa, sobre a cama feita e farta!

Acerta, na senda - oferenda - sê fenda e funda em mim nova pátria!

Ascendo! Acerto firme  - UniVerso - instalo-me, inteira, em teu poro,!


Vem, Lavanda! A pele, em apelo, chora...A face afogueada, cora..Tua alma incendiária imploro...

...tua boca, sabor fogo-canela chama-me e nela desfaleço; Vem, perfume em que me demoro...

terça-feira, 28 de junho de 2011

AMOR''TECEMOS


(Fá Gonçalves & Lena Ferreira)

Canta, encanta, me leva às profundezas desse mar rubro

canto, encanto, voz do canto esquerdo profundo

....a-tento, e tanto que de pronto me a-pronto!!
e aporto, mais perto, mais parte, mais norte.

A parte que aparto - pranto - nao mais me impede
cedo, parto pr'esse rumo; uno meu sol com o teu


...dois sóis, de nós, a foz da luz maior em céu
dois sãos, e Sãos em benção e unção

...dois sins em Sol e Fá sem Dó!
dois, nãos; mil sóis em hum - amor''tecemos -

...poesia!!

sábado, 25 de junho de 2011

MOÇA DA ROSA AMARELA( falsete para uma catita)

Adicionar legenda

(JL Semeador
 & Lena Ferreira)


A Rosa escandalosa
saiu pela noite afora,
livre, mente solta, fogosa,
envolta em pétalas sedutoras.

Ninguém sabia que ela, certa
do seu caro momento-noite;
tão catita, tão esperta,
não mais temia os açoites.

Enfim, mulher e plena;
da vida, apenas, queria tudo!
Nada que não a fizesse serena.

Moça garbosa e leve,
seu verso gritava ao mundo:
- mexer comigo, quem se atreve?

quarta-feira, 22 de junho de 2011

CÁUSTICO

(Lena Ferreira & Rojefferson Moraes)
Cala a boca imunda em vômito
aflitivo, convulso, comprido e magro
pelos dias de atrocidades velozes
que ventaram os quatro cômodos do dia
inteiro
..

Fica esparramado no chão da sala
se debatendo, discutindo com a própria sombra
se tornando fantasma, resto, coisa
que nem ao menos consegue amar
nada
..
Estenda a língua a um palmo do piso
pisa com força no rebento da vidraça
estilhada a cara torta do espelho em brasa
tira a verdade pra dar a valsa dos portos
escorados
..

O fel da verdade escorrendo dos olhos
Respiração ofegante escapando dos poros
Fica esta pausa diante dos estilhaços de vidros
A música dilacerante da saudade
doente
,..

Meio vivo, meio cadáver
O pus fervilhando nas entranhas
Enquanto no chão da sala
Repete as canções que cantou madrugadas inteiras
notas mortas
..
Exala pela sala inteira o bafor do éter tenso
do sono que não veio, borda um traje torto
e veste em si, andrajo de filho natimorto
se morre, se mata, se come e se envenena

.
Sê verme!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

ENTREGA


( Rojefferson Moraes & Lena Ferreira)

Abraço o fio da saudade
Antes que todas as minhas lembranças
Vão embora...

Anelo-me a certezas,
antes que o vento da injustiça me alcance

Eu, que me entrego às minhas incertezas,
fico preso as desesperanças do tempo
que já não possuo..

Algoz de mim, o Tempo,
vela meu sono, transformando
sonhos em pesadelos

Fico aqui, simples, a tua espera
me transformando em espumas
...de pesadelos e ais de pecado

Bordo um manto escuro de pranto
deito-me no quarto seco
e amanheço alagado

..com tua imagem...

- As manhã vão navegando sem mar
nossas naus de medos
naufragam no vai e vem de nossos olhos
e nos perdemos no profundo abismo
...de nossos beijos.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

QUIÇA

Quem sabe
eu encontre agora
nem que seja a hora
de encontrar-me
aqui

Quem sabe
é amor de outrora
e que hoje, aflora
versos de carmim

Quiça eu
viva assim
pois veja
a consequência
salvando sua
inocência

Por pensar assim
pensar só em você
ou pensar também
em mim

Quiça eu
morra enfim
pois seja
a consciência
gritando minha
impaciência

Por pensar carmim
pensar só em mim
ou pensar, meu bem,
em você

Gilberto Maha & Lena Ferreira

segunda-feira, 30 de maio de 2011

VESTIDO IN''VERSO

Visto o acaso do verso
Valso sílabas soltas
Salto do alto o reverso
Para em cascata molhar tua boca

Giro nas horas tamanhas
Me cubro de todo jardim
Sou um verbo ardente em entranhas
Me embriago em dança e jasmim

Não sou ar rarefeito
Não faço rima sem fim
Mas no abraço desse momento
Me entrego ao poema
Adormeço em ti!

Acordo bordada de rimas
Tantas que enciuma a poesia
Avessa a melindres toscos
A umbigos exacerbados e desnudos

Então, mergulho na saliva acesa
Tesa e tensa, a alma se lança
Vai ao encontro do teu verbo
Que na fluidez do compasso avança
Para não te esquecer jamais!

Larissa & Lena
Jardineira e Serena

AS PESSOAS DE PESSOA

AS PESSOAS DE PESSOA -feito on line no facebook
(Lena Ferreira & Andrea Garçoni) 

São tantas..são poucas.. 
são sãs...são loucas!!! 
são delírios, são catarses, 
são fingidas?, são mentiras? 
são perfídia? 
ou são verdades, 
claridades à luz do dia? 

De certo, seria bruma densa 
que pensa ser brisa ou vento leve 
que pensa seria ser séria tempestade 

Somos réles, somos nobres 
somos riccos, somos pobres! 
Somos inspirados, somos nada,
somos sonhos, 
somos passado presente, 
futuro e vanguarda!... 

Pessoas...que pessoas???? 
As que estão sempre navegando...
seja no leme da embarcação, na proa, 
à deriva ou no mar da imaginação 

É preciso lapidar, 
qual seja a direção 
Navegar é preciso.... 

Pessoa sempre teve razão!!!! 
É preciso arriscar, 
qual seja a direção 
Navegar é preciso.... 
Pessoa sempre teve razão!!!! 

Navegar é preciso; 
necessidade e precisão!
Viver não é preciso; 
é constante indecisão...

domingo, 29 de maio de 2011

NERD'S BLUES


(André Anlub & Lena Ferreira)

Subsídios voam através do tempo
Palavras, sons, música e poesias
Dão carga na bateria do contentamento
Impondo vida, expondo tudo, a todo o momento.

E voam a céu aberto, alargam a mente
impactando, provocando reações
incomodando os tantos descontentes
revelando ao mundo considerações


correria na frente da velocidade da luz
que transcende o entendimento
que outrora era a era do conhecimento
 no momento transforma-se em tempos de informação.

E informados vão além do próprio Tempo
avançam, alavancando o eixo torto
ventando a mudança do Novo Vento
ressuscitando o verbo que ia morto

sexta-feira, 20 de maio de 2011

POEMA ROMÂNTICO


(Lena Ferreira & André Anlub)


E das cores pintadas no
espaço
eu escolho a mais bela,
a brilhante
colho o sol dos seus
olhos castanhos
e me faço em sorrisos
e em abraços

Resgato a pureza, o
toque e odor
elixir da liberdade da
alma
de um instante que
torna-se eterno
meu recanto do mais
puro fervor

E das pétaals de
flores, suavidade
e o perfume que
embriaga minha alma
levemente me refaço do
cansaço
lentamente me conecto
com o Supremo

E no sonho, o afago, eu
espremo
E em você sou mais
forte, mais um passo
coração resistente,
puro aço
o meu sangue, corre
quente, eterno amor

quarta-feira, 18 de maio de 2011

ESPINHA NA GARGANTA




Há um aro pendente
entre os dedos
e nos cabelos
fios de esperança
quebradiça

Há um corte rente
na cutícula
e na mente
imagens retorcidas
pela vida

Há um perfume doce
pelo quarto
e nos pulsos
adorno de aço
marca o laço

Há um tom acidulado
na voz
e na garganta
uma espinha pontuda
espeta
os
nós

Lena Ferreira e Dhênova
16/05/2011

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Entr'estreitos

Entre o eufemismo e o paradoxo
há um contraponto borbulhante
que enxerga a profundeza do lago


ostras, riscos, areia, lodo, limo, lança

bússola convidativa

Navega em águas calmas, tranquilas
por mares desconhecidos
braçadas na rota rota sem rumo, sumo

Insustentável peso das caudas
derruba o pescado no fundo falso

freme a flâmula faroleira faiscada de fogo factuo

Flutuamos finalmente

Bia Cunha,  aLcÊu MARinho & Lena Ferreira
09/05/2011

NÃO SER IGUAL NÃO SENDO DIFERENTE

O meu diferencial vem do meu interior
Sua mudança à sua força está amarrada
Não há nada que o outro possa supor
Em mim, que seja verdade inventada.

Sim é sempre sim, igualmente para não
A indecisão só traz sofrer para as almas
Falo, sempre, o que vai ao meu coração
Com isso, livro-me de possíveis traumas

Não ser igual, não quer dizer ser diferente
Está simplesmente na forma do meu pensar
Expresso em todas as atitudes do meu viver

Caminhando com passos leves e coerentes
Pensamentos e atitudes lado a lado a andar
Vejo no mínimo o máximo para meu crescer.

Lena ferreira / ღRaquel Ordonesღ
RJ – MG

sábado, 7 de maio de 2011

VULCÂNICA

Vulcânica e abrasiva
derreto o gelo de tuas palavras
a língua de minha alma
a percorrer mentiras torpes

Flamejantemente verídica
escorro por tuas paredes nefastas
corroendo o mel de tuas lástimas
num profundo fumegar de adeus

Empírica e resoluta
ateio brasas nos teus olhos surdos
acordando a ilusão sincera
diluída em mármores imundos

E se me calo...
silenciando mansamente minhas verdades
não esqueças que sou vulcão sereno
adormecido por mera comodidade

Mas quando falo..
vomitando internamente minhas lavas
não esqueças que sou vulcão extinto
com uma fome desesperada de jorrar.

Lena Ferreira & Marcia Poesia de Sá

segunda-feira, 2 de maio de 2011

BREVE

Finjo ser um
fingidor
Das dores que deveras sinto
Das esmolas que mendigo
Das migalhas
Dos respingos
Do que digo que não sinto
Do que sinto...
...Apenas dor.

Finjo ser o criador
Das falas que já existem
Dos sonhos que tanto insistem
Das ilusões
Dos enlevos
Dos que ouço e não repito
Do que foi dito
...e não escrito.

Finjo fingir e
criar
O suposto
verbo amar
E toda a
criação

Finjo ser
ilusão
Imortalizada e
concedida
Consentida
pela vida
E por toda
inspiração.

Mavie Louzada &Lena Ferreira

CONVITE

RECRIARTE

Tenho ficado por muito tempo
Num lugar que não conheço...
Desconheço-me, diante de tal apatia
Tal angústia que paralisa
A mente
A face
A carne
A alma que
cria...

Sinto o corte
rompendo as veias
que esvaem-se em sangue lento
e deitam-se com o pranto alheio
nesse mar de certezas incertas
que tenta me derrubar com ondas ilusórias

Resisto...
Insisto...
Persisto...

[Re]invento
Atento
No intento
De recriar-me
Através da arte
Que invento.

Mavie Louzada e Lena Ferreira.

domingo, 10 de abril de 2011

QUANDO CHOVE...


A chuva instiga todas as lembranças
Alargam-se as lacunas na memória
Saudades ocultas, arrastadas, tantas
Contorcem-se num vendaval agora
.
Gavetas hiantes num deslize do tempo
Devassam desejos, antes esquecidos
E por sobre a lassidão do pensamento
Pairam sentimentos adormecidos
.
Relâmpagos chicoteiam a mente
salgadas gotas inundam a boca
nos olhos, um vermelho quente
a alma a debater-se feito louca
.
Trovões com estrondosas vozes
despertam um passado dormente
libertam as vontades mais ferozes
de um peito que andava descrente
.
Glória Salles & Lena Ferreira