quarta-feira, 23 de junho de 2010

IMPACIENTEMENTE SEM RAZÃO

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Acenam-me as horas, calmamente
Como a debochar da minha impaciência
Logo eu, que tenho tanta urgência
Pela resposta prometida pelo tempo...
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Os ponteiros do relógio se arrastam
E, sorrindo, observam minha aflição
Tento ocupar a minha mente; é inútil
O tic-tac tão moroso me enlouquece...
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E assim tomado de urgente desafio
Por um fio abstenho-me de gritar
É que o tempo, por certo, indiferente
Escorrerá tranqüilo ignorando o desespero...
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Debalde meus apelos absurdos
Cada minuto é o encaixe do destino
E na verdade, não há porquê tanta fissura
Se a ternura definiu também, nosso caminho!
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Lena Ferreira/Marçal Filho
Rio/Minas. 22/06/2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

CHUVA DE VERSOS

Corisco riscando o asfalto,
o céu, de nuvens, deserto
atiçando o destino in[certo]
de asas que ousam o alto.

Trovões que estremecem o aço
e abrem frestas no paço.
Reis e rainhas sem laços
nas asas do pássaro dourado.

-Desgarrados, destemidos, predestinados...

Tempestade que abala estruturas
sacudindo, da mente, as pilastras,
fogo em palha que se alastra
voo in[certo] atingindo as alturas.

-Dos homens, das fases, das luas...

E o verso homérico desnudo
qual chuva de palavras latentes,
aguarda a estrela cadente
derramar o sentimento escuso.

-Dos vos enigmáticos in[seguros]

(Lena Ferreira & Aglaure Corrêa Martins)
- 09-06-2010 -

terça-feira, 1 de junho de 2010

DANÇANDO AO LUAR

Estrelas como pétalas de rosa
Despencam do céu em mimos derramados
Neste cenário onde a Lua esplendorosa
Cobre de luar casais de namorados.

Tão apaixonados, esquecem as horas
Entre carinhos tantos, quentes beijos
Rendendo-se ao amor já sem demora
Declaram ao luar os seus desejos.

Entre eles estamos e nosso amor
Resplandece neste jardim em flor
Neste valsar de mágico momento.

Intercalamos nossos passos leves
Com beijos ardentes e nada breves
Causando à lua constrangimento.

Lena Ferreira & Rui E L Tavares
01/06/2010